Artigo de Revista

Da Moto Clássica



Nunca é tarde para se começar a gostar, e a mexer, em motos. Que o diga Paulo Reis, um alhandrense a caminho dos 40, que, até há um ano atrás, nunca se tinha interessado por máquinas de duas rodas. Um dia, porém, de visita a casa de um amigo, viu uma Vespa 50S enferrujada a um canto e não descansou enquanto o amigo não lhe vendeu a dita. Começou a pesquisar na net, comprou livros e revistas, conheceu gente do meio e não só não descansou enquanto não a pós nova como, ainda antes dela ficar operacional, teve que comprar uma outra Vespa para restauro, uma PX125E, que há poucas semanas ficou pronta. "Só a pintura é que foi feita fora", diz ele. "O resto fiz questão de ser eu a fazer. Deu trabalho porque não percebia nada disto mas tá feito, e estou muito satisfeito com elas".


http://damotoclassica.blogspot.com/2010/05/vespas-ao-quadrado.html

Um pouco da historia das vespas


As Vespas são bastante antigas!


1947 Vespa 98



O mais europeu de todos os veículos de duas rodas nasceu na Itália com a finalidade de ser barato, econômico, robusto e, claro, charmoso e elegante. A Vespa marcou uma época e poucos veículos, de duas ou quatro rodas, atingiram os patamares de vendas - mais de 15 milhões - e a notoriedade mundial que ela alcançou. Era utilizada por pobres e ricos, tornou-se cultura nas mãos dos actores americanos que filmavam na Itália e foi até "actriz"', como no antológico filme Candelabro Italiano (Rome Adventure), de 1962, com Suzanne Pleshette e Troy Donahue.

Enrico Piaggio presidia a empresa Piaggio que se encontrava em ruínas por causa da segunda guerra mundial mas isso não intimidou Enrico, que resolveu deixar o campo aeronáutico em busca de um novo tipo de veículo, capaz de suprir a necessidade de locomoção básica da população.

Cidadã do mundo

Uma vez que as estradas estavam em situação precária e os italianos não tinham muito dinheiro, a solução era um veículo simples e econômico. Na fábrica semi-destruída encontravam-se centenas de rodas de trens de aterragem de bombardeiros e um grande número de pequenos motores multi-uso para o lançamento dos aviões.

Estava então esboçada a idéia básica da Vespa. Nas mãos de Corradino D'Ascanio (1891-1981), um brilhante engenheiro aeronáutico que estava na Piaggio desde 1934, ela concretizou-se, apenas oito dias depois de Enrico ter dado a ordem a D'Ascanio de projeta-la.





Acabada a projeção do design, foram construídos os protótipos. As primeiras 15 Vespas deixaram a fábrica da Piaggio em Abril de 1946.

Equipadas com um motor de 98 cm³ debitavam apenas 3 cv de potência às 4.500 rpm e uma velocidade de 60 km/h, bons níveis para a época.

O caixa tinha três velocidades e o tanque de combustível comportava cinco litros de gasolina. O consumo andava na casa dos 40 km/l, marca bem-vinda numa época difícil como aquela. Uma característica marcante da Vespa 48, como era chamada, é que não tinha piso entre a dianteira e o banco, mas sim duas placas separadas. As laterais traseiras salientes eram o provável motivo de se adotar o nome do insecto.


A Vespa caiu logo nas graças do consumidor e o seu sucesso foi absoluto. Outros veículos foram criados utilizando a mesma proposta, mas não alcançaram o mesmo êxito que o original. Para tal, a Piaggio não contou apenas com o carisma que o veículo obteve: montou uma completa rede de assistência técnica em todo o território italiano e proporcionou cursos de formação na fábrica para mecânicos.

Em 1948 uma nova motorização de 125 cm³ e 4,7 cv de potência era lançada, e com ela, algumas revisões tecnológicas que se encontram até hoje nos veículos em produção. A mais visível ficava por conta do estribo que ocupava agora as duas placas de apoio para os pés. Também eram adaptadas suspensão na roda traseira, pára-lama dianteiro e pequenas alterações na "carroçaria". A velocidade máxima chegava a 75 km/h.


1957 Cruisaire Vespa Super 125

Cinco anos depois o motor era modificado, passando a ter 5 cv, e surgia uma versão utilitária com o farol mais elevado. O famoso modelo GS (Grand Sport) 150, mais desportivo, saía das linhas de produção em 1955 trazendo um estilo mais moderno, com rodas de 10 polegadas, caixa de quatro velocidades e uma velocidade máxima de 100 km/h. Em 1962 chegava a GS 160, com 8,2 cv de potência e um visual renovado.



Vespa GS160 1964 MK2

Com o tempo, vários clubes de "vespistas" surgiram para que os admiradores da Vespa fizessem passeios e trocassem informações sobre a sua paixão italiana. Campeonatos desportivos também foram criados, onde os mais radicais colocavam a Vespa no seu limite.

A Piaggio tentou repetir o seu êxito com scooters modernos: a Cosa em 1987, a Sfera em 1990 e a mais recente ET4 125, em 1997. Apesar de práticos, são apenas mais modelos repletos de plástico num mercado saturado de opções, sem a essência da sua antecessora.

Angariação de sócios

Informo que quem estiver interessado/a em ser membro deste clube, pode faze-lo, fazendo um comentárioa este artigo com o seu nome, pelo telefone 911899490 ou envie um email com os seus dados para:
vespaclubealhandra@gmail.com
Com os melhores cumprimentos :
Paulo Reis! ( Fundador )

Inicio do clube


O Vespa Clube de Alhandra, foi inicialmente criado por 2 amigos que tinham vespas e foram a vários encontros, e gostaram bastante, mas como não tinham nenhum clube perto de si ( de Alhandra ), e o mais próximo ficava a cerca de 30 Km de distância, fundaram o recém criado Vespa Clube de Alhandra, tendo agora a esperança de juntarem bastantes vespistas ao clube, com a finalidade de fazer algumas confraternizações e alguns passeios nas suas belas máquinas!